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22 de jun. de 2015

Lugares Assombrados: Brown Palace Hotel


Nos hotéis, as paredes respiram, absorvem e exalam o tempo. Os quartos, silenciosos, aos poucos obtém parte do seu ocupante, fazendo com que algo seu se torne dele para sempre. Nem que seja um pequeno fio de cabelo. Ele quer algo e você não poderá negá-lo.

Em um quarto de hotel, as emoções, as alegrias, o pranto e as brigas tem um fim, extinguem-se. Mas as energias não, elas se transformam. Todas as emoções são absorvidas. As paredes sugam, se impregnam, observam e ganham vida à medida que as energias lhe preenchem. Como uma imensa pilha.

Isso é um quarto de hotel! Uma grande pilha.
Neste post, amigo leitor, vou contar a história de uma dessas grandes pilhas, só que não uma pilha comum, com pouca energia. Uma pilha cheia, preenchida por 15 anos de isolamento, ali a energia transborda, escorre entre as paredes, vazando pelos corredores, estou falando do: Brown Palace Hotel, Quarto 904.


Construído por Hentry C. Brown (eis a derivação do nome do hotel) o Brown Palace Hotel abriu suas portas em 12 de agosto de 1892. O objetivo era estabelecer um novo padrão de elegância para a cidade de Denver, Colorado - EUA. E conseguiu , com sua arquitetura esbanjada que mesclava o atual com a inovação eminente, fez sucesso de imediato e o hotel veio logo a ser um dos preferidos das estrelas, de alguns presidentes e ex-presidentes estadunidenses (até mesmo o larápio Bufallo Bill ficou hospedado por um ano no hotel esperando jugamento) e logicamente da alta sociedade, que frequentavam continuamente os salões e as festas no grande hotel.

LOUISE
Entre estes frequentadores exímios encontrava-se uma socialite chamada Louise Crowfod Hill. Casada com um grande aristocrata da época, Louise chamava a atenção por sua vida furtiva e tumultuada, repleta de romances, negócios obscuros e pouco apego familiar. Ela representava o dinheiro contemporâneo na época, sendo então uma peça chave para a elite social, os Brown (representantes do dinheiro novo) não eram associados a Louise mas, se fortaleciam com sua presença atrativa e aristocrática. Deste modo o hotel se fortalecia, tão quanto Louise entre a sociedade. Sua notoriedade aumentou anda mais quando sobreviveu ao naufrágio do Titanic (Isso eu não comprovei).

Ela era bela, inteligente, corajosa e muito rica. Seu marido pouco se importava com suas aventuras. foram muitos romances, contudo houve um que lhe rendera o coração. Tão forte foi a paixão que Louise colocou em sua casa e posteriormente no quarto 904 dois quadros; um pequeno com o retrato do seu marido e um duas vezes maior do seu amante que era 10 anos mais jovem.

Após a morte do marido Louise decidiu se casar de vez com Sr. Bulkeley Welles (amante), mas este se recusou e casou-se com uma jovem 10 anos mais nova, mudando-se logo de estado.

Agora sozinha e com o coração partido, decidiu de vez morar no único local em que sempre fora bem-vinda e quista. Ali todos a adoravam, ela esbanjava sua riqueza e era aplaudida, fazia suas loucuras e recebia sorrisos, somente ali ela seria feliz. Em 1940 Louise foi morar no Brown e só saiu em 1955, sem vida.

Entretanto, havia algo errado, a vida já não era mais a mesma. A dor no coração e o ódio lhe dominavam. Poucas vezes saía do quarto. Quase não a viam pelos corredores. Os sorrisos sumiram e a sua face pouco expressava além de amargura e mau-humor. Segundo relatos, ela se trancava por dias sem sair e do corredor podia-se ouvir uma ópera triste e tilintar de garrafas, ás vezes um choro espremido e muita lamentação.

Após a sua morte a pilha estava cheia. O quarto exalava Louise e toda sua amargura e ódio. Não tardaria para algo acontecer. E não tardou.

Alguns dias após o falecimento da socialite, o hotel que possui um sistema de passeios regulares, incluiu o quarto 904 como roteiro. Já no primeiro dia de passeio, o inesperado aconteceu. O telefone da recepção começou a tocar loucamente, era do quarto 904. Contudo, não havia linha telefônica no quarto, quando alguém atendia, só era possível ouvir estática.

O fato se repetiu por mais três visitas, os telefonemas eram intermitentes, até que uma criança aos gritos jurou ter sido agarrada por uma mulher no banheiro do quarto. Houve pequenos hematomas no braço da criança. O incidente gerou certo pânico. As visitas foram interrompidas, e misteriosamente os telefonemas também. Até hoje. Foi relatado que o motivo do fechamento do quarto foi por segurança estrutural.

O quarto permanece até hoje, fechado, tratado como acervo histórico, não pode ser visitado muito menos locado à qualquer pessoa.

Pesquisando encontrei dois relatos de ex-funcionários em um fórum na net:

CORREDOR DO BROWN
O primeiro dizia: Eu servia comida nos quartos, os corredores são longos, o serviço era chato e cansativo. O 904 era temido, a ordem é nunca entrar. Eu não gostava de passar por ali. Era sinistro. silencioso. Certo dia tive que passar. Quando estava em frente ao 904, ouvi duas batidas na porta, quando olhei, uma velha chave correu por debaixo dela em minha direção, logo em seguida uma mão com longas unhas pintadas de vermelho tentavam pegar a chave desesperadamente. Corri que nem um louco e quando olhei não havia mais nada lá.

Já o segundo: Nunca mais volto lá. Nós limpávamos o quarto 904 a cada 60 dias. Como ele fica trancado, não há muito o que fazer além de trocar as camas, tirar o pó e dar uma pequena aspirada. Era eu e mais uma copeira que fazíamos o serviço, a pedido do gerente o eletricista ia junto e ficava na porta até terminarmos. O banheiro limpávamos juntas, jamais entraria lá sozinha. Quando já havíamos terminado e estávamos recolhendo os utensílios; uma vitrola antiga que fica próxima à janela do quarto começou a tocar, era uma ópera, parecia ser, mas o som estava distorcido. O eletricista pediu que saíssemos, houve em seguida um barulho de vidro quebrando na parede. Haviam dois quadros, o grande rachou e um pedaço caiu no chão. Saímos às pressas. Minha amiga voltou lá 60 dias depois para efetuar a limpeza. O quadro estava intacto. Ainda trabalho no local , mas não limpo mais aquele quarto. Tem alguma coisa lá.

Como são relatos retirados da net é difícil sua verificação, mas são bem assustadores. O fato é que o local é antigo, o quarto é fechado e todo esse clima deve gerar um medo grandioso nos funcionários que lá trabalham. 

O Brown é tido como um dos hotéis mais assombrados do mundo. e também um dos mais caros e mais visitado do planeta. Portanto acredito que seja muito rentável manter o quarto fechado e esquecido. 

O que você acha?

Abaixo um vídeo com algumas fotos do imenso hotel.


Não confie nem mesmo, na sua própria sombra, pois ela é a primeira a te abandonar na escuridão! Que seus piores sonhos se tornem realidade.

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